Você conhece alguma empregada doméstica? Caso sim, vai gostar de conhecer um pouco mais sobre a Fenatrad (Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas).
A Fenatrad representa uma das categorias profissionais mais numerosas no Brasil. São mais de 7 milhões de pessoas, número que leva o país para o topo do ranking de nações com maior população de empregados domésticos segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Nove em cada dez são mulheres e mais da metade é negra.
Mas por que é necessário? Essa organização é importante para que as mulheres e homens que desenvolvem trabalho doméstico tenham os mesmos direitos que outros trabalhadores: carteira assinada, férias remuneradas, FGTS, dentre outros.
Ao longo do ano trabalhadores domésticos são oprimidos e desvalorizados, podendo até sofrer maus tratos, além de que a maioria não possui nem o ensino fundamental completo e muito menos conhecem seus direitos.
No escritório onde funciona o Sindicato das Trabalhadoras Domésticas em Pernambuco, é oferecido orientação jurídica a milhares de mulheres. O trabalho vai desde o simples aconselhamento até o acompanhamento de processos. Além disso, em 2017, foi lançado o aplicativo Laudelina, desenvolvido graças a uma parceria entre a Fenatrad, as ONGs Themis e Crioula, a ONU Mulheres Brasil e o Google, que financiou o projeto. Por meio do programa, as trabalhadoras podem se informar melhor sobre seus direitos e deveres garantindo que sua luta não pare.
Outra curiosidade é a história da própria presidente do Fenatrad, Luiza Batista: Começou a trabalhar ainda criança, aos nove anos de idade, em troca de duas cestas básicas por mês, com as quais ajudava sua mãe a sustentar a família. Terminou o ensino fundamental aos 50 anos e hoje luta pelos direitos das domésticas. Já viajou para fora do país em eventos da OIT e frequentemente participa de agendas nacionais importantes. Foi em um desses encontros, o Fórum Pernambucano de Mulheres, em Recife, que ela diz ter se descoberto feminista. "Posso não ser aquela feminista de academia, que tem um linguajar rebuscado, mas do meu jeito tosco eu acho que sei usar as palavras. Eu sei me impor."
Com isso, tenhamos certeza que não importa onde tenha vindo e o que tenha sofrido, saiba se impor e ajude outros!
Ameeeeeeeeeeeei, essa categoria por anos foi praticamente rebaixada e escravizada, e ter uma organização que as represente é de extrema importância. Parabéns pelo tópico, adorei saber as curiosidades [s2] [s2]
Não conhecia! É muito importante termos esse tipo de órgão cuidando de tudo isso, afinal, como dito no próprio texto, milhões de pessoas tem essa função como trabalho e dependem disso para sobreviver, o mínimo que tem que ter é dignidade e direitos, é um trabalho como qualquer outro e merece respeito. [s2] [s2]
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