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Livros e Filmes #9
1984, de George Orwell
Postado por AutoNight em 21/05/2015 às 01:45 e revisado por GirllInvisible - 503 visualizações

O autor de ficção científica David Brin costuma dizer que o grande mérito da ficção científica não é prever o futuro, mas pintar um futuro tão horrível que as pessoas vão lutar que ele não aconteça. Neste sentido, 1984 é talvez o livro mais importante do século, porque, a qualquer sinal de tirania, a sociedade lembra do livro e luta para impedi-la.

 

 

Olá galerinha, nessa nona edição da coluna Livros e Filmes, vamos falar de um livro que sempre esta presente nas listas de obras memoráveis, o livro 1984, escrito por George Orwell. Muitos o conhecem mais pelo personagem “Big Brother”, que inspirou o nome do reality show. Terminado de escrever no ano de 1948 e publicado em 8 de junho de 1949, retrata o cotidiano de um regime político totalitário e repressivo no ano homônimo.

O romance tornou-se famoso por seu retrato da difusa fiscalização e controle de um determinado governo na vida dos cidadãos, além da crescente invasão sobre os direitos do indivíduo. Desde sua publicação, muitos de seus termos e conceitos, como "Big Brother", "duplipensar" e "Novilíngua" entraram no vernáculo popular. O termo "Orwelliano" surgiu para se referir a qualquer reminiscência do regime ficcional do livro. O romance é geralmente considerado como a magnum opus de Orwell.

 

 

1984, Londres. O Reino Unido está sob o regime socialista, sendo controlado com mão de ferro pelo partido. Há em todo lugar telas de TV, que servem como os olhos do governo para saber o que os cidadãos fazem. No intuito de controlá-los são exibidas constantemente imagens através destas mesmas telas, relatando as batalhas enfrentadas pela Oceania em outros continentes. Winston Smith vive sozinho e trabalha para um dos departamentos do governo, manipulando informações de forma que as notícias sejam positivas para a população. Até que, um dia, ele passa a se interessar por uma colega, Julia, que o leva até os arredores da cidade. Eles passam a ter um relacionamento, algo proibido pelo partido, que deseja eliminar a libido na população.

 

Direitos autorais

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro não entrará em domínio público nos Estados Unidos e na União Europeia até 2044 e 2020, respectivamente. No Brasil, isso ocorrerá em 2020. O romance, entretanto, já está em domínio público em países como Canadá, Rússia e Austrália.

 

Personagens

Big Brother - Autocrata da Oceânia. Actua de modo semelhante a "Joseph Stalin". Winston Smith aponta que ele nunca foi visto, nem ninguém se lembra de ver o Big Brother, e sugere que ele pode não existir. Declaração de O'Brien que o Big Brother "nunca vai morrer" também contribui para esta teoria, sugerindo que o Big Brother pode ser apenas uma representação simbólica do partido como um todo. Sua imagem está em toda parte, principalmente nos cartazes onipresentes que advertem: "Big Brother is Watching You".

Winston Smith - protagonista do romance, um homem comum fleumático.

Júlia - Amante de Winston, uma secreta " rebelde da cintura para baixo", que elogia as doutrinas, é militante do Partido, enquanto vive secretamente em contradição com elas.

O'Brien - Um agente do governo que engana Winston e Julia fazendo-os acreditar que ele é um membro da resistência, e convencendo-os a aderir a esta, e depois usa isso contra eles para torturá-los. Ele convence-os de que eles não devem apenas obedecer, mas amar o Big Brother. O'Brien pode ser visto como principal antagonista da novela.

Emmanuel Goldstein - Um ex-membro de topo e agora opositor do partido. Actua de modo semelhante a Leon Trotsky. Assim como o Big Brother, Goldstein, se alguma vez foi real, está provavelmente morto, ambos podem ter sido criados para fins de propaganda.

O Partido

É o grupo que se mantém no poder através de métodos totalitários, de forma explícita. O objetivo do partido não é nada menos do que o poder. O Partido é marcado pela onipresença do Grande Irmão, que ao país governa e a todos vigia.

 

Ministérios

Os Ministérios são as principais representações do Partido, e encarregados, cada um, de manter a harmonia da ideologia do Partido.

Ministério da Verdade É responsável pela falsificação de documentos e literatura que possam servir de referência ao passado, de forma que ele sempre condiga com o que o Partido diz ser verdade atualmente. Seguindo essa lógica, o Partido é infalível, pois nunca errou.

Ministério da Paz É responsável pela Guerra. Mantendo a Guerra contra os inimigos da Oceânia, no caso Lestásia ou Eurásia. A Guerra no contexto do livro é usada de forma permanente para manutenção dos ânimos da população num ponto ideal. Uma forma de domínio também.

Ministério da Fartura É responsável pela fome. Em termos práticos, a economia da Oceânia é responsabilidade deste. Divulgando seus boletins de produção exagerados fazendo toda a população achar que o país vai muito bem. Entretanto, seus números faraônicos de nada adiantam para o bem-estar da camada mais baixa da população de Oceânia, a prole.

Ministério do Amor É responsável pela espionagem e controle da população. O Ministério do Amor lida com quem se vira contra o Partido, julgando, torturando e fazendo constantes lavagens cerebrais. Para o Ministério, não basta eliminar a oposição, é preciso convertê-la. O prédio onde está localizado é uma verdadeira fortaleza, sem janelas. Seus "habitantes" não tem a menor noção de tempo e espaço, sendo este mais um instrumento do ingsoc para a lavagem cerebral dos dissidentes do regime.

 

Estrutura social no livro

 

No livro, a sociedade se divide em 3 classes:

Alta - Grande Irmão e Partido Interno (2%)

Média - Partido Externo (13%)

Baixa - Proles (85%)

 

O mundo do livro

No livro as nações se dividem em três grandes impérios modernos, que são grandes potências:

Oceania - o maior dos impérios, governa toda a Oceania, América, Islândia, Reino Unido, Irlanda e grande parte do sul da África.

Eurásia - o segundo maior império, governa toda a Europa (exceto Islândia, Reino Unido e Irlanda), quase toda a Rússia e pequena parte do resto da Ásia.

Lestásia - o menor império, governa países orientais como China, Japão, Coreia, parte da Índia e algumas nações vizinhas.

Territórios sob disputa: Outros territórios, como o norte da África, o centro e o Sudeste da Ásia e a Antártica permanecem em disputa.

 

Impacto na cultura popular

- O reality show Big Brother, desenvolvido pelo holandês John de Mol, é uma referência ao personagem do Grande Irmão de 1984.

- A história em quadrinhos V de Vingança, posteriormente adaptada ao cinema (também com John Hurt no elenco), de autoria de Alan Moore e desenhada porDavid Lloyd, tem clara inspiração no romance 1984, uma vez que também trata de uma sociedade distópica na Inglaterra do futuro.

- O filme Equilibrium, estrelado por Christian Bale, se passa numa sociedade distópica do futuro, que apresenta algumas semelhanças com aquela retratada por Orwell em 1984.

- O jogo de computador Half Life 2, apresenta uma série de semelhanças com 1984, uma vez que mostra uma resistência lutando contra o domínio totalitário de uma raça alienígena sobre os humanos, mantidos sob manipulação da informação, controle da fertilidade e outros aspectos presentes também no livro.

- O autor de ficção científica David Brin costuma dizer que o grande mérito da ficção científica não é prever o futuro, mas pintar um futuro tão horrível que as pessoas vão lutar que ele não aconteça. Neste sentido, 1984 é talvez o livro mais importante do século, porque, a qualquer sinal de tirania, a sociedade lembra do livro e luta para impedi-la.

 

O autor

Orwell, que tinha "a tese de seu romance encapsulada no coração" desde 1944, escreveu grande parte de Mil Novecentos e Oitenta e Quatro na ilha de Jura, na Escócia, entre 1947 e 1948, enquanto sofria de um quadro crítico de tuberculose. Ele enviou o texto final do livro para os editores Secker e Warburg em 4 de dezembro de 1948, e o livro foi publicado em 8 de junho de 1949.

Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo pseudónimo George Orwell, nasceu em 25 de junho de 1903 em Motihari, Bihar, na Índia britânica. Seu bisavô, Charles Blair, tinha sido um rico homem do campo em Dorset, que havia se casado com Lady Mary Fane (filha de Thomas Fane, 8º Conde de Westmorland) e se sustentara como senhorio ausente de uma fazenda escravocrata na Jamaica. Seu avô, Thomas Richard Arthur Blair, havia sido um clérigo da Igreja Anglicana. Embora tenha herdado o título de nobreza, o mesmo não ocorreu com a fortuna da família; Eric Blair descrevia sua família como sendo de "classe média-alta inferior".

A influência de Orwell na cultura contemporânea, tanto popular quanto política, perdura até os dias de hoje. Vários neologismos criados por ele, assim como o termo orwelliano - palavra usada para definir qualquer prática social autoritária ou totalitária - já fazem parte do vernáculo popular.

Orwell morreu em Londres vítima de tuberculose, aos 46 anos de idade. Tendo solicitado um funeral de acordo com os ritos anglicanos, foi enterrado na All Saints' Churchyard, Sutton Courtenay, Oxfordshire, com o simples epitáfio: "Here lies Eric Arthur Blair, born June 25, 1903, died January 21, 1950" ("Aqui jaz Eric Arthur Blair, nascido em 25 de Junho de 1903, falecido em 21 de Janeiro de 1950"); nenhuma menção é feita a seu célebre pseudónimo.

 

O Filme

O livro teve duas adaptações para o cinema, mas a produzida em 1984 e dirigida por Michael Radford é considerada a versão mais fiel à obra.

O filme foi bem recebido pela crítica especializada. O crítico estadunidense Roger Ebertelogiou "o brilhante filme de Michael Radford da visão de Orwell" e acrescentou que o filme "faz um bom trabalho encontrando a linha entre o mundo 'futuro' de 1984 e o do pós-guerra do qual Orwell escreveu". Também disse que o filme "penetra muito mais profundamente no coração das trevas da obra" que a versão anterior e que John Hurt "é um perfeito Winston Smith".

 

Primeiro vamos aos ganhadores da promoção da semana passada, as três melhores frases levaram 15 NightPoints + os dois Emblemas (as demais frases levaram apenas os emblemas).

sandynhalinda02 / jonaslima1233 / -.Chespirito.-

Emblemas:

Um Amor Para Recordar! Livros e Filmes #8

 

Essa semana novamente você devera apenas comentar uma frase, não precisa ser necessariamente sobre o livro 1984. Mas devera ser uma critica ou observação sobre a sociedade atual.

As três melhores frases levarão 10 NightPoints + Emblema Especial (o emblema estão em desenvolvimento), e as demais estarão levando apenas o emblema.

 

Você acha que um dia a triste realidade desse livro se tornara real?

Estamos caminhando para uma grande prisão global onde não seremos os donos da nossa própria vida?

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COMENTÁRIOS DA NOTÍCIA
Você acha que um dia a triste realidade desse livro se tornara real?

Estamos caminhando para uma grande prisão global onde não seremos os donos da nossa própria vida?

Uma frase tocante, parabéns pela bela coluna adorei
Responder
Alanzikkaaa - há 10 anos
''A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.'' Acho que esta frase fala tudo!
Responder
.Kroos. - há 10 anos
Achei o livro uma porcaria,por isso que o reality inspirado é uma porcaria também,vamos la a frase: "infelizmente a tecnologia está servindo para afastar ao invés de facilitar a vida dos humanos,é mais fácil entender uma máquina do que um sentimento."
Responder
Babiih.Kx - há 10 anos
'' Sociedade atual é o fato desta ser marcada por profundas transformações: a rapidez de informações e o avanço de novas tecnologias modificaram o modo de pensar e de viver das pessoas ''.
Responder
-.Chespirito.- - há 10 anos
Não gostei muito desse livro não to sendo sincero
Responder
mceandre - há 10 anos
A sociedade atual necessita de uma grande mudança em seus ideias e principalmente no carácter que dizem ter. A hipocrisia é tanta ainda e o preconceito existente transborda.
Responder
MegaMarcony - há 10 anos
A sociedade atual encontra-se literalmente perdida, pela falta de segurança, pela violência que é excessiva, pelo desamor, pela falta de fé e de princípios. As pessoas estão cada vez mais ignorantes e ligadas ao que é supérfluo, o que torna maioria em vazio, em oco. Hoje já não se fala de sentimentos, apenas de aparências e isso faz com que não saibamos mais lidar um com os outros de uma forma mais agradável. O que forma a sociedade somos nós, então a mesma só vai continuar caminhando para o abismo se não quebrarmos esse vício de seguir os estereótipos que a mídia cria, tentando nos transformar em algo que não somos, nos tirando a capacidade de progredir.
Responder
jhonnydid - há 10 anos
A sociedade tem que mudar seu jeito de pensar minha opniao
Responder
brunno-2011 - há 10 anos
"A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável, e se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer as pessoas o que elas não querem ouvir" [sim]
Responder
leeh.lulinhax - há 10 anos
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