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Você conhece PrEP e PEP? (Outros assuntos)

Postado por heectorjr em 03/11/2019 às 13:39 - 440 visualizações (parcial)

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Estrela Cadente

Você conhece PrEP e PEP? - 5 anos atrás

ASSUNTO IMPORTANTE! ASSUNTO IMPORTANTE! ASSUNTO IMPORTANTE!

Oi pessoal, hoje vim falar um pouco sobre a PrEP e PEP, tema do meu trabalho de conclusão de curso. É muito importante debater sobre esse tema, visto que meu trabalho era saber do conhecimento da população HSH (homens que fazem sexo com homens) sobre os dois. O resultado já era o esperado, de 250 respostas que eu obtive, o desconhecimento dos mesmos nesse público é de 70%.

Atualmente, de acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS), 36,9 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com o vírus da imunodeficiência humana, o HIV. O risco de infecção pelo vírus entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e homossexuais do sexo masculino é 27 vezes maior em comparação as outras populações (UNAIDS, 2017). No Brasil há cerca de 248 mil pessoas vivendo com o vírus, dados do Boletim Epidemiológico HIV/AIDS de 2018. O HIV é o vírus que compromete o sistema imunológico, responsável pela defesa do nosso organismo, tendo os linfócitos T CD4+ como as principais células atingidas. Sua transmissão se dá principalmente por via sexual. Outras formas de transmissão também podem ocorrer como transfusões sanguíneas, uso de drogas injetáveis e na transmissão vertical durante a gravidez, parto e aleitamento (COUTINHO, et al, 2018).
A AIDS, também chamada de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é um estágio crônico causado pela infecção do vírus do HIV. É caracterizada pela falência do sistema imunológico, onde o indivíduo fica muito mais suscetível a doenças comuns, que são por este motivo chamadas de doenças oportunistas.

Durante muitos anos a AIDS foi chamada de doença gay por atingir principalmente homens com práticas homo/bissexuais (FAUCI et al, 1984). Essa população nos anos de 1980. A partir da década de 90 ocorreu uma transição do perfil epidemiológico da aids no Brasil, no sentido de sua heterossexualização, feminização, pauperização e interiorização (CASTILHO et al, 1999). De acordo com o Boletim Epidemiológico HIV/Aids de 2018, nos últimos 10 anos observou-se o crescimento da infecção pelo HIV em jovens do sexo masculino de 15 aos 19 anos e dos 20 aos 24 anos, tendo a principal via de transmissão a sexual.

O Brasil é uma das referências internacionais no tratamento contra o HIV. Desde 1996, de acordo com a Lei nº 9.313/96 foi decretado pelo governo a garantia na distribuição dos medicamentos antirretrovirais (ARV) gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), fazendo com que o Brasil tenha sido o primeiro país a desenvolver e adotar uma política pública com acesso a Tarv, a terapia antirretroviral (COUTINHO, et al, 2018). Também é feita a promoção de testes rápidos e preservativos, que podem ser encontrados nos postos de saúde e centros de atendimento em todo país.

Apesar dos antirretrovirais, a infecção pelo HIV não é completamente eliminada, tornando-se crônica, ou seja, com uma progressão lenta para a doença e de longa duração. Esta condição acaba por aumentar seu potencial de transmissão entre as populações (COUTINHO, et al, 2018). Na maioria dos casos, o indivíduo infectado não apresenta sinais e sintomas já que o período de latência do vírus gira em torno de dez anos (MORAIS, et al, 2019).

Novas formas de prevenções estão disponíveis para a população, como a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) e a PEP (Profilaxia Pós-Exposição). A PrEP é uma estratégia que envolve a utilização de medicamentos antirretrovirais por pessoas não infectadas pelo vírus mas que estão expostas ao HIV por não utilizarem preservativos nas relações sexuais. Caracteriza-se pelo uso cotidiano da combinação de dois antirretrovirais (tenofovir associado à entricitabina – TDF/FTC) antecedendo as práticas sexuais, com grau de proteção de 96% (90% a > 99%) (ANDERSON et al, 2011). Tem como alvo principal a população que concentra o maior número de casos de HIV no país, os gays, HSH, pessoas trans, profissionais do sexo, parcerias sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV a e outra não) ou por indivíduos que possuem o sistema imunológico comprometido, como por exemplo, indivíduos com câncer e doenças autoimunes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

A oferta da PrEP foi iniciada ao final de 2017 para grupos com maior risco de infecção. A oferta pública foi antecedida por estudos demonstrativos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). Apesar de possuir eficiência comprovada como estratégia de prevenção para a transmissão do vírus, os medicamentos podem provocar reações adversas ao serem utilizados diariamente e em razão disso, o acesso a Tarv pela população chave requer cuidado e atenção. Os efeitos adversos ao uso dos medicamentos variam de efeitos agudos e efeitos a longo prazo. Todas as medicações ARVs possuem efeitos colaterais, mas nem todas as pessoas que as utilizam irão apresentar o mesmo efeito adverso ou na mesma proporção, na maioria dos casos os efeitos são leves e moderados, mas ao serem utilizados com outros medicamentos como analgésicos e antidepressivos podem levar a uma interação medicamentosa (FORESTO, et al, 2017).

A PEP, Profilaxia Pós-Exposição é oferecida gratuitamente pelo SUS foi e implementada pelo Ministério da Saúde no ano de 2010 para indivíduos que sofriam acidentes ocupacionais, vitimas de violência sexual e pessoas que se expuseram a risco sexual consentido (FILGUEIRAS, et al, 2018). Além da prevenção do HIV, a PEP também tem uma medida de prevenção para hepatites virais e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Por se tratar de uma urgência médica, seu uso deve ser iniciado o mais rápido possível, nas primeiras duas horas após exposição ou em até 72 horas, quanto mais rapidamente for administrada a profilaxia, melhor será o resultado. A PEP é composta por dois medicamentos que fazem parte do coquetel utilizado no tratamento do HIV/AIDS, a zidovudina e lamivudina. O indivíduo ao utilizar a PEP, deverá continuar usando a mesma por 28 dias e a todo momento deve ser auxiliado pelos profissionais da saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2019).

Fanti

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Big Bang

Resposta para Você conhece PrEP e PEP? - 5 anos atrás

ARRASOU AMIGOOO, tópico incrível, um dos melhores que vi aqui nos últimos tempos! Eu conheço um pouco sobre PEP e PrEP, porque meu curso também é da área da saúde, inclusive tive uma palestra semana passada sobre, mas você mandou bem demais na explicação e merece todo o sucesso com o seu TCC. Parabéns!!!!

[s2]

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