Em forma de reação nas redes sociais ao atentado terrorista contra a sede da revista semanal de humor Charlie Hebdo, usuários usaram a hashtag #CharlieHebdo para demonstrar solidariedade às vítimas e repúdio ao terror.
Veja alguns comentários:
“Solidariedade ao Charlie Hebdo e LIBERDADE DE EXPRESSÃO!!!”
“As palavras não matam, o espírito e o humor são riquezas, mas para compreendê-los é preciso humanidade e inteligência.”
Entenda como foi o atentado:
O atentado na sede do jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, na manhã de quarta-feira (07/01), deixou doze (12) mortos e quatro (4) pessoas correndo risco de vida, em Paris. Sendo um dos mais graves da história da França, contando com a participação de três homens. Dois deles entraram no jornal vestidos de preto, encapuzados e armados com fuzis Kalashnikov ao grito de "Alahu al akbar" ("Deus é grande").
O ataque ocorreu pouco depois das 11h (8h, no horário de Brasília). Os dois terroristas já entraram atirando no hall do jornal. Durante mais de dez minutos, os agressores efetuaram pelo menos 30 disparos contra os jornalistas e funcionários da publicação. Em alguns momentos, segundo uma testemunha citada por vários veículos da França, eles gritavam os nomes de jornalistas. Dezenas de funcionários refugiaram-se na terraço do edifício, situado no bulevar Richard Lenoir, no 11º distrito da capital francesa
Após efetuar os disparos fugiram em um carro dirigido pelo terceiro elemento do grupo. E foram até a região da estação de Porte de Pantin, no nordeste da cidade, onde abandonaram o veículo e roubaram um outro, expulsando o motorista na rua.
A polícia francesa já identificou os supostos autores do atentado, dois dos três supostos terroristas seriam irmãos de nacionalidade francesa (Saïd e Chérif Kouachi, de 34 e 32 anos). Eles já vinham sendo investigados por suspeita de ligação com grupos terroristas. O terceiro homem é Hamyd Mourad, um jovem de 18 anos (nacionalidade não foi revelada).
Até a manhã de quinta-feira (08/01), ao menos sete pessoas supostamente envolvidas no caso haviam sido detidas, mas os irmãos Kouachi ainda continuavam em liberdade. Na noite de quarta-feira, por volta das 23h (no horário local), o mais jovem dos três homens procurados havia se entregado à polícia, na delegacia de Charleville-Mézières, na região de Ardennes.
A perseguição e morte dos terroristas:
Os dois supostos autores do ataque terrorista à revista Charlie Hebdo teriam conversado com policiais por telefone e afirmaram que queriam morrer como mártires, disse membro do parlamento francês no distrito onde a polícia cercava a dupla a nordeste de Paris nesta sexta-feira (09/01).
Os suspeitos que estavam cercados em uma fábrica até a tarde dessa sexta-feira, forão mortos pela policia, após tiros e explosões terem sido ouvidos por volta das 14h (horário de Brasília) no local do cerco aos irmãos Kouachi. De acordo com os jornais locais.
Saiba quem são as vítimas:
O ataque contra a revista Charlie Hebdo, matou oito jornalistas do periódico, dois policiais, um funcionário do prédio e um jornalista aposentado que visitava a redação no momento do atentado. Além das quatro vítimas identificadas inicialmente – os consagrados cartunistas Charb, Wolinski, Cabu e Tignous. O desenhista Philippe Honoré, de 73 anos, responsável pela última charge publicada pela Charlie Hebdo no Twitter antes do atentado também foi assassinado (o desenho satirizava o chefe do grupo terrorista Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi).
Entre os feridos com gravidade estão dois policiais e o jornalista Philippe Lançon, crítico literário do jornal Libération e cronista da Charlie Hebdo.
Confira a lista das 12 vítimas do ataque em Paris:
Stéphane Charbonnier, o Charb, 47 anos – Cartunista e editor da Charlie Hebdo
Georges Wolinski, 80 anos – Cartunista
Jean Cabut, o Cabu, 76 anos – Cartunista
Bernard Verlhac, o Tignous, 57 anos – Cartunista
Philippe Honoré, 73 anos – Cartunista
Mustapha Ourad – Revisor da revista
Bernard Maris, 68 anos – Analista econômico da revista
Elsa Cayat – Colunista da revista
Michel Renaud – Ex-jornalista, visitava a redação
Frédéric Boisseau – Funcionário da manutenção do prédio
Franck Brinsolaro, 49 anos – Policial responsável pela segurança de Charb
Ahmed Merabet, 42 anos – Policial
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