Houve muito esforço por parte das autoridades brasileiras, mas infelizmente não foi possível. Foi executado as 15:30 pelo horário de Brasília – madrugada na Indonésia – o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos.
Marco, que era instrutor de vôo livre, foi preso em 2004 ao entrar na Indonésia com 13 kilos de cocaína escondidos em tubos de uma asa delta.
As leis da Indonésia contra crimes relacionados as drogas são as mais rígidas do mundo e contam com bastante apoio da população, que é de maioria muçulmana.
Palácio do Planalto divulga nota
Logo após a execução, o Palácio do Planalto divulgou uma nota a imprensa, onde diz que o recurso a pena de morte afeta gravemente as relações entre os dois países.
Veja na íntegra a nota divulgada:
“Nota à imprensa
A Presidenta Dilma Rousseff tomou conhecimento – consternada e indignada – da execução do brasileiro Marco Archer ocorrida hoje às 15:31 horário de Brasília na Indonésia.
Sem desconhecer a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer e respeitando a soberania e o sistema jurídico indonésio, a Presidenta dirigiu pessoalmente, na sexta-feira última, apelo humanitário ao seu homólogo Joko Widodo, para que fosse concedida clemência ao réu, como prevê a legislação daquele país.
A Presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do Chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo.
O recurso à pena de morte, que a sociedade mundial crescentemente condena, afeta gravemente as relações entre nossos países.
Nesta hora, a Presidenta Dilma dirige uma palavra de pesar e conforto à família enlutada.
O Embaixador do Brasil em Jacarta está sendo chamado a Brasília para consultas.
Secretaria de Imprensa
Secretaria de Comunicação Social
Presidência da República”
Fonte: G1, o portal de notícias da globo.
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