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Quarto do locutor
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Postado por AutoNight em 17/01/2017 às 22:25 e revisado por robert6966 - 847 visualizações

Os chifres do Demônio

Oi amigo, que bom ver você aqui. Eu te chamei, porque eu preciso desabafar o que aconteceu comigo e meus amigos nesse final de semana. Nós juramos manter segredo, não comentar com ninguém, mas é impossível! Preciso falar com alguém, preciso compartilhar o terrível medo que passamos naquele local, mesmo que você me chame de maluco depois. Eu realmente preciso desabafar, senão vou acabar enlouquecendo.

Tinha terminado a nossa semana de provas na escola e eu e meus amigos resolvemos viajar para poder descansar daquela péssima semana que passamos. O John sugeriu uma casa no campo que seus pais tinham, pois ficava longe de toda civilização e seria ótimo para espairecer. Chegado o dia da nossa viagem, o pai do John nos deixou na casa e foi embora, porque com certeza nós estando sozinhos aproveitaríamos bem mais essas pequenas férias. Éramos 4 no total: Eu, John, Jerry e Paul, e assim que chegamos, começamos a explorar a casa. Ela era fenomenal! Era toda de madeira, a cozinha era enorme, daquele estilo cozinha americana, com uma bancada separando para a sala de jantar, tendo vários armários e o Jerry até disse brincando "se nós brincarmos de esconde-esconde, aqui será um ótimo local para se esconder". A sala de jantar tinha uma mesa feita de madeira, com dois enormes bancos de madeira, cada uma de um lado da mesa. Continuamos andando, agora indo até a sala de estar e que sala! Haviam dois sofás muito grandes, uma até virava cama. No centro dela, tinha uma mesinha que dava de frente para uma lareira. Ao lado da lareira, tinha uma porta que ia para a varanda da casa, onde também existia uma enorme mesa com bancos ambos de madeira e uma churrasqueira feita de tijolos. Atrás dos sofás, tinha uma parede de vidros, contendo uma bela paisagem de um rio, na qual marcamos de dar um mergulho nele em seguida, pois preferimos continuar vasculhando a casa. Subindo as escadas, chegamos aos quartos. Eram três quartos e uma suíte. Tivemos uma leve briga para ver quem ficaria na suíte, mas fizemos uma sorteio e eu ganhei. Meu quarto era esplêndido! A cama era enorme, juntando o closet com o banheiro era quase do tamanho da casa que eu moro com os meus pais, a sacada tinha uma vista incrível do riacho e dava para ver o belo campo repleto de árvores que rodeava a casa, enfim... A casa era realmente um sonho e nos ajudaria muito a recompor as energias.

Após termos desarrumado nossas mochilas e comido um lanche, resolvemos dar um mergulho na água. Entre uma brincadeira e outra, Jerry viu de longe, noutra margem do riacho, umas vacas pastando e bebendo a água do rio. No mesmo instante ele começou a nadar em direção àquelas vacas, mas o John berrou para ele voltar porque lá era perigoso. Jerry voltou para perto de nós e continuamos a brincar no rio. 

Começou a anoitecer e resolvemos fazer uma fogueira para assar alguns marshmallows e jogar conversa fora, até que a escuridão tomou conta do local onde estávamos, tendo somente a fogueira clareando. Lembro de num determinado momento ter olhado para o céu e ter visto as estrelas brilharem de uma forma maravilhosa! Nunca havia visto um céu tão iluminado por estrelas como daquela maneira e eu e meus amigos ficamos todos encantados com tal beleza. De repente Paul sugeriu contarmos estórias de terror. Brinquei dizendo que aquilo era muito clichê de filme de terror, onde do nada ouviríamos um barulho, iríamos atrás de sua origem e apareceria algum Jason com seu facão ou o Leatherface com sua serra elétrica. Meus amigos começaram a me chamar de medroso, fiquei indignado e comecei eu a contar a minha estória de terror. Deixei todos com medo e o próximo a contar sua estória foi o John. Lembro dele ter dito com as seguintes palavras:

"Jerry, você quer saber porque eu não deixei você ir até aquelas vacas do outro lado do riacho? Porque corre um boato local que o dono daqueles animais e dono daquele terreno é alguém muito temido pela região. Dizem que ele tem um terreiro de macumba em algum local do seu terreno, já outros dizem que ele pratica magia negra, outros afirmam já ter visto ele incorporando algum espírito maligno em seu corpo... Dizem também que quem pisa no terreno dele sem ser convidado por ele será amaldiçoado. Correm boatos também, de algumas pessoas que estão desaparecidas aqui na cidade e região foram na verdade mortas por ele, esquartejados e dados para serem comidos por aquelas vacas que vimos mais cedo e por outros animais que ele tem. As más línguas falam que as vezes alguns animais fogem do local e fazem um verdadeiro estrago por onde passam. Quando eu digo estrago, não quero falar no sentido de cagarem o caminho inteiro e sim no sentido de causarem o mal e destruição por onde passam. Mas são só boatos que costumam criar em cidadezinha pequena como essa que estamos agora. Nunca vi nada com meus próprios olhos nem conheço alguém também que já tenha visto". 

Depois dessa o clima ficou pesado entre nós. Ficamos todos pensativos, com medo e a tensão era quase palpável. Sugeri brincarmos de esconde-esconde, porque como era noite, ficaria mais interessante a brincadeira e também porque precisávamos nos divertir, estávamos lá para poder espairecer. Fizemos um sorteio de quem contaria primeiro e o Paul perdeu, então nós corremos feito malucos para nos escondermos do Paul. Eu e meus amigos nos escondíamos nos locais mais esquisitos possíveis: em cima de árvores, no telhado, atrás de cortinas, dentro do box do banheiro... Teve uma hora que o Paul ficou agarrado na mesa parecendo o Homem-Aranha, outra hora o Jerry se escondeu dentro dos armários da cozinha como ele tinha dito mais cedo quando chegamos e eu até eu, determinado momento, me escondi dentro da água. A brincadeira realmente estava legal e cada vez mais desafiador de se esconder no local menos inusitado possível e também encontrar meus amigos antes que eles se salvassem, mas infelizmente esse momento de alegria estava próximo do fim.

Era minha vez de procurar. Contei, berrei que ia procurar por eles e assim fiz. Era realmente difícil a procura, porque estava tudo escuro, não podia usar nenhuma iluminação para ajudar a encontrar, então basicamente íamos por instinto e torcendo para que a pessoa escondida fizesse algum barulho. Como o campo era extenso, determinamos que não poderíamos ultrapassar a estrada que ficava em frente a casa, não poderíamos ir para o lado direito da casa e se quiséssemos nos esconder na floresta, só poderíamos ir no lado esquerdo, até onde existia uma cachoeira chamada Cascata Chuveirão. Procurei na casa, não encontrei ninguém. Procurei próximo do rio, também não encontrei ninguém... Isso só queria dizer uma coisa: estavam dentro da floresta, provavelmente em cima de uma árvore. Como eu não achei nenhum dos três, eles estavam juntos, então eu queria dar um tremendo susto neles. Fui caminhando vagarosamente, cuidando onde pisava para fazer o mínimo de barulho possível, meu coração estava acelerado e eu quase não respirava, temendo que isso de certa forma fizesse barulho também e eles notassem a minha presença.

Eu já estava próximo da Cascata Chuveirão e ainda não tinha encontrado eles. Eu já estava ficando com raiva, porque estava começando a pensar que eles tinham ultrapassado o limite determinado para a brincadeira somente para sacanear comigo, quando de repente eu comecei a ouvir passos vindo além desse limite. Meu coração acelerou mais que antes e eu estava num turbilhão de pensamentos: raiva dos três passarem do limite, feliz por ter ouvido um barulho deles e eles terem exposto o local onde estavam e preocupado, porque precisaria correr todo aquele percurso de volta até o local de contagem. Comecei a ouvir uma respiração pesada, e eu pensei que era o Paul. Com certeza era o Paul! Ele sempre respira pesado. Comecei a andar com mais cuidado ainda, me aproximando aos poucos de onde eu estava ouvindo a respiração pesada, quando ouvi um grito: "Estamos salvos!". No mesmo instante olhei para trás e vi três silhuetas no local de contagem. Como aquilo era possível? Eles estavam próximo de mim, eu tinha ouvido pegadas, eu tinha ouvido a respiração do Paul. Meu coração estava batendo mais rápido que tudo, eu estava soando frio e pensei "Se não são eles quem estão fazendo barulhos, quem será?" Olhei em direção ao barulho e vi o que pareciam ser dois olhos vermelhos olhando em minha direção. Fiquei paralisado, sem reação, não sabia se gritava, se corria, se ficava onde estava, não conseguia pensar direito... Até que aquilo começou a correr em minha direção e eu comecei a correndo também, fugindo.

Quando cheguei perto dos meus amigos, eles estavam rindo de mim e eu estava com muita raiva deles! Era uma brincadeira deles, eles estavam me sacaneando. Estavam querendo me assustar e conseguiram e agora estavam se divertindo as minhas custas. Eles falaram que estavam escondidos juntos no telhado da casa e eu comecei a gritar com eles de que aquela brincadeira não tinha graça. No mesmo instante eles tinham parado de rir de mim e perguntaram o que tinha acontecido comigo. Eu fiquei com mais raiva ainda deles, por eles estarem fingindo que não fizeram nada para me assustar e entrei na casa furioso. Me tranquei no meu quarto e por lá fiquei. Levou um tempo para eu me acalmar, mas me acalmei e desci até a sala, onde eles estavam. Perguntaram se eu estava mais tranquilo e eu disse que sim, que a brincadeira tinha sido de mal gosto, mas agora eu estava achando engraçado. Eles começaram a se olhar, tentando entender o que eu estava dizendo e então eu falei que aquilo dos olhos vermelhos correndo atrás de mim havia sido assustador. John disse que não fizeram nenhuma brincadeira dessa comigo e eu cai na risada, pedindo para eles pararem de fingir, porque já estava mais calmo e achando a situação engraçada. Jerry afirmou que não estavam fingindo e que realmente não pregaram nenhuma peça em mim, somente tinham se escondido todos juntos no telhado da casa. 

Eu fiquei pálido, minha cabeça começou a rodar, o chão parecia que tinha sumido debaixo dos meus pés, voltei a soar frio e meu coração voltou a ficar acelerado. Se não eram eles, o que era aquilo então? No mesmo instante Jerry se levantou e sugeriu para que procurássemos aquilo que correu atrás de mim. Eu e Paul falamos que aquilo era uma péssima ideia, mas Jerry queria muito e John falou que provavelmente era alguma peça que aquele vizinho esquisito que morava do outro lado do rio estava pregando na gente, porque viu que nós estávamos sozinhos na casa. Pegamos lanternas e fomos em direção da cascata. Péssima decisão! 

Estávamos todos aflitos, porque o John disse que aquele local era muito próximo da divisa do terreno dos pais dele com o vizinho esquisito, mas continuamos a andar. Vimos o que parecia ser um bando de vacas, as mesmas que vimos mais cedo, andando próximo de nós. Começamos a rir e andamos de volta para casa, quando ouvimos uns passos próximos de nós e aquela respiração pesada novamente. Paramos e começamos a procurar a origem daquele barulho, porém não conseguíamos encontrar. Estávamos todos assustados, tentando entender o que estava acontecendo, mas resolvemos continuar andando, dessa vez com cautela. Próximos da casa, nos deparamos com algo realmente assustador: tinha uma vaca preta, com chifres enormes e olhos vermelhos igual ao que eu tinha visto antes. Ela estava olhando para nós e nós ficamos petrificados e ela começou a correr em nossa direção. Cada um correu desesperado para um lado, nos separamos, e a vaca seguiu o John. Berrei por ele, pedi pra ele correr até a casa e ele de uma forma incrível conseguiu enganar a vaca, fingindo que ia para um lado, quando na verdade foi para o lado oposto e conseguiu chegar na casa. Ótimo, o John estava a salvo! Agora faltavam eu e mais dois. Eu consegui também correr em direção da casa e entrei pulando a janela da sala, porque o John desesperado trancou a porta e não conseguia mais abrir. Paul e Jerry ainda estavam la fora e a vaca estava correndo atrás do Paul. Vez ou outra ela soltava um mugido e aquele som era terrível. Não era um mugido de uma vaca normal, era um mugido mais rouco e tinha um tom maligno. Jerry subiu numa árvore e ficou lá até se sentir seguro para descer e correr de volta para casa. Ele viu Paul e a vaca correndo por baixo dele. Paul já estava extremamente ofegante e mais lento por estar tão cansado, então Jerry pulou da árvore, chamou a atenção da vaca e começou a correr para a casa, dando a oportunidade do Paul também conseguir ir sem ter a vaca correndo atrás deles. Ambos conseguiram chegar, trancaram a casa e ficamos todos observando a vaca rodeando o local.

Nós começamos a rir daquela situação, como podia uma simples vaca nos assustar daquele jeito? Mas a verdade é que aquela não era uma simples vaca, ela era uma vaca possuída. Aqueles chifres enormes e aqueles olhos vermelhos eram algo realmente assustador. Ficamos na sacada só olhando para ela e dando risada por estarmos a salvo dela e ela doida tentando entrar e nos pegar. 

Num determinado momento apareceram mais duas vacas. Elas eram iguais a outra que estava correndo atrás de nós e as três começaram a mugir para nós. Aquele som era horrível, era assustador, fazia a gente soar frio, fazia a gente sentir medo! Mas sabíamos que nós estávamos a salvo lá e continuamos tranquilos. Pena que aquela tranquilidade não durou muito: uma das vacas correu em direção da parede de vidro e estraçalhou o vidro em mil pedaços. Estávamos vulneráveis àqueles demônios novamente, elas entraram na casa e começaram a quebrar tudo com seus chifres. Corri desesperadamente até a porta e tranquei-a, enquanto ao fundo só ouvimos os vidros sendo quebrados e as coisas caindo no chão. Jerry pegou seu celular e tentou ligar para alguém nos socorrer, porém como estávamos num local no meio do nada, o seu celular estava sem sinal. Na casa também não havia telefone, então restava a nós somente torcer que elas fossem embora. Estávamos todos com muito medo, mas isso ia piorar: ouvimos uma das vacas bater os chifres na porta do quarto onde estávamos. No mesmo instante eu e o Paul arrastamos uma cômoda até a porta para impedir de elas entrarem, mas aquilo foi em vão, pois elas conseguiram quebrar a porta e empurrar um pouco a cômoda. O pânico era generalizado: Jerry e Paul correram para o banheiro e lá ficaram trancados, eu corri para debaixo da cama, enquanto John ficou na sacada e quando as vacas conseguirem terminar de empurrar a cômoda, John ficou pendurado na sacada, se segurando no chão e torcendo para que as vacas não chegassem até ele. Elas entraram com aquele mugido tenebroso e foram em direção do John. Uma delas pisou com aquelas patas enormes na mão dele e ele soltou um grito de dor horrível. Ela pisou novamente e mais uma vez o John gritou. Na terceira vez, John soltou e caiu da sacada e ouvir o seu corpo caindo lá em baixo talvez tenha sido o pior som que eu já ouvi em toda a minha vida. Gritei seu nome e ele não respondeu. Gritei mais uma vez e ele novamente não respondeu. Resolvi descer e ver o que havia acontecido com ele, mas como faria aquilo com as vacas no quarto? Aproveitei que elas estavam na sacada e corri, corri o mais rápido que pude até o corpo do John. Chegando lá, ele estava desacordado, então peguei ele no colo e carreguei-o até a cozinha, na qual escondi seu corpo nos armários. 

Enquanto eu estava escondendo o John, ouvi umas batidas numa porta e ouvi os gritos do Jerry e do Paul. Eles estavam encurralados, não tinham para onde correr e restava somente a minha pessoa, tentar salvar eles. Comecei a gritar, torcendo para que as vacas viessem em minha direção e não demorou muitos segundos para isso acontecer. Eu tinha conseguido a atenção delas, agora como conseguir fugir delas foi um problema que eu não havia pensado. Rapidamente eu corri em direção da lareira e peguei um garfo de lareira que estava pendurado ao lado dela e fiquei pronto para o ataque. As vacas vieram uma por uma em minha direção, fiquei pronto e quando deu o momento certo eu furei o olho da primeira vaca que estava vindo a minha direção. Ela soltou um mugido de dor, um mugido que estremeceu até minha alma. Ela saiu correndo em direção da parede de vidro quebrada, sangrando, e fugiu floresta a dentro. Uma a menos, mas as outras duas ainda estavam lá, furiosas e eu não sabia o que fazer a não ser correr. Quando me virei para correr delas, Paul e Jerry apareceram um segurando uma tocha improvisada e outro segurando uma garrafa de álcool. Jerry jogou o álcool em direção da vaca mais próxima dele e Paul jogou a tocha logo em seguida e a vaca começou a pegar fogo. Mais uma vez ouvimos um mugido estremecedor e ela saiu correndo em direção do rio para apagar o fogo, porém ela acabou sendo arrastada pela correnteza e só ouvimos o seu mugido vindo ao longo do riacho. 

Ainda restava mais uma, talvez a pior de  todas, porque nós três já estávamos sem ideia de como fazer para essa vaca nos deixar e dava para perceber a raiva que ela transparecia por termos machucado as outras duas vacas. Jerry teve uma brilhante ideia: ele estava no começo da escada e chamou a atenção da vaca, fazendo com que ela corresse atrás dele. Ele trouxe ela até o quarto onde estávamos antes e ele correu em direção da sacada, esperando a vaca fazer o mesmo. Enquanto isso, ele berrou para que nós estendêssemos um pano para que ele se jogasse da sacada em direção ao pano e assim fizemos. Quando a vaca se aproximou, ela olhou nos olhos do Jerry, desafiando ele e ele no aguardo dela. A vaca tomou impulso e correu em direção do Jerry, ele por sua vez se jogou e conseguiu cair exatamente onde eu e o Paul estávamos estendendo o pano para pegá-lo. Quando ele caiu, colocamos ele de pé no mesmo instante para corrermos e vimos a vaca pulando da sacada. No mesmo instante que ela caiu, ela saiu correndo também, mancando, em nossa direção. Aquele plano havia falhado e mais uma vez estávamos todos nós correndo novamente de uma vaca possuída. Nesse mesmo instante, John acordou e saiu do armário em que eu havia escondido ele, meio tonto, perguntando o que havia acontecido. A vaca viu ele e no mesmo instante parou de correr atrás de nós para ir até o John. O garoto ao perceber o perigo que estava rolando, tentou correr, mas não conseguiu, pois na sua queda ele acabou fraturando o pé. Ele caiu no chão, se contorcendo e a vaca chegou nele. Ela, sem pensar duas vezes, deu uma chifrada no garoto, jogando-o na parede. Ele caiu no chão e mais uma vez a vaca realizou novamente esse feito, mas dessa vez, acabou perfurando o John e ele começou a sangrar muito. Nós três corremos em direção da vaca e pulamos nela, começamos a bater, chutar, chamar a atenção dela de todo jeito para sair de cima do John, mas não conseguimos, ela só queria atacar ele. Numa dessas chifradas que ela deu no John, ele ficou preso em seus chifres e só então ela saiu da casa, correndo, floresta a dentro, com o John gritando de dor e medo e a vaca mugindo, como se estivesse comemorando. 

Tentamos correr atrás deles, corremos muito, muito mesmo, mas não conseguimos alcançá-los e perdemos de vista. Resolvemos voltar pra casa e fizemos uma espécie de fortaleza com os móveis, torcendo para que não aparecesse mais nenhuma vaca possuída para nos atacar. Ficamos o resto da noite discutindo o que falaríamos aos pais do John e chegamos a conclusão que fomos assaltados por três homens mascarados e fortemente armados. Jogamos nossos celulares no rio, pois eram as únicas coisas de valores que tínhamos e diríamos que isso enfureceu os assaltantes e então eles causaram aquela destruição e sequestraram o John. 

Foi realmente complicado contar aquela história inúmeras vezes, exatamente igual para polícia e os pais do John. Mais complicado ainda foi ter que presenciar a imensidão de tristeza da família do John, aquele choro sem fim da mãe, o pai surtando ao pedir ajuda e justiça aos policiais, mas infelizmente nós não podíamos contar a verdade, porque nunca acreditariam na história. Eu mesmo, até hoje, não acredito que isso tudo tenha acontecido mesmo, quanto mais contar para alguém que não estava lá na hora. 

Eu, Jerry e Paul prometemos voltar para lá o quanto antes, prometemos tentar resgatar o John e nós não vamos descansar enquanto não conseguirmos. Vamos fazer de tudo para recuperar nosso amigo. Declaramos guerra àqueles seres diabólicos e não temos medo do que pode acontecer conosco lá, temos somente sede de vingança e o desejo de ter nosso amigo conosco mais uma vez. 

Continua...

Promoção:

Olá querido leitor amante do terror. Promessa é dívida, não é mesmo?! O desafio foi enorme, mas consegui criar a história cômica em terror para essa edição do Fear como eu havia prometido anteriormente. Na verdade eu gostei tanto disso de escrever creepypasta que pretendo repetir mais vezes e essa de hoje terá continuação! Será que os meninos conseguirão encontrar o John? Para onde ele foi levado pela vaca? Confira em breve... Para aqueles que não entenderam, no final de semana retrasado eu sofri um suposto ataque de vacas num Hotel Fazenda que fiquei hospedada em Campina Grande e muitos dos meus leitores pediram para eu fazer uma creepypasta sobre isso. Na edição passada do Fear não consegui por conta do tempo, mas agora está aí, minha primeira creepypasta.

Gostaria de agradecer ao leitor e ouvinte davi5473 por ter autorizado eu usar a história que ele comentou noutra edição minha para realizar uma creepypasta, foi realmente muito útil! Usei partes que ele escreveu como inspiração. Obrigada mesmo, querido!

Agora vamos para o resultado da edição passada do desenho do Valak. Em terceiro lugar ficou o Valak sorridente do Victor1845, clique AQUI para ver. Em segundo lugar ficou o Valak Gene Simmons do ._Bieel_., clique AQUI e confira. Em primeiro lugar ficou o Valak gótico nada suave do -Amanhecer-, clique AQUI para dar uma espiada. Parabéns meninos! Depois me procurem no Habbo Hotel para receberem as suas devidas premiações.

E para a edição de hoje, quero que você responda o questionário abaixo. Todos que responderem ganharão 20 Np's + emblema de participação. Você tem até a próxima edição para respondê-la.

 

Gostaria também que vocês comentassem o que acharam da minha primeira creepypasta. No que preciso melhorar? Qual parte você mais gostou? Devo fazer a continuação desta creepypasta ou encerro por aqui? Lerei todas as críticas e sugestões com o maior carinho.

Nos vemos na próxima terça-feira? Com certeza! Me despeço por aqui, e...

Quando ver uma vaca na sua frente, lembre-se dessa creepypasta que você leu e agora dará like e comentará também!

COMENTÁRIOS DA NOTÍCIA
Ai gente, tu pode escrever coisa de terror com um assassino bizarro, mas, tu não me escreve de vaca, por que depois daquele filme "Quarentena" que é um lixo, mas, que na época eu morri de medo, com aquelas vaca do demônio, atpe hoje morro de medo.

Gente, morri total com o Gene Simmons, amei, parabens pela edição, mais uma maravilinda
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-Amanhecer- - há 9 anos
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK Migo, seu medo é compartilhado comigo :(
Responder
Bonnar - há 9 anos
Respondido! Adorei a edição, arrasou viu bonnar
Responder
Leona - há 9 anos
Bgd sua linda s2 que ótimo que você gostou
Responder
Bonnar - há 9 anos
Respondi muito Bom Adorei Ganhei em Segundo u.u
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._Bieel_. - há 9 anos
arrasou muito seu lindo
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Bonnar - há 9 anos
Só Deus sabe qnts dias eu não dormi pensando na publicação dessa Creepypasta, fez meu dia. Maggie ficou linda na última foto!! Pegou ela num ângulo favorável e no momento certo
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_brancodrama - há 9 anos
A Mag tá uma sensualidade só
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Bonnar - há 9 anos
Não li porque tenho medo [:(] [triste]
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Hoody - há 9 anos
Rita medrosa, kkkkkkkkkkkkkkkkkkk s2
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Bonnar - há 9 anos
Ja respondi, nem deu medo, eu só fiquei lembrando das vacas na piscina eu ri demais Senhor!b[s2]
Responder
dpedrosaoro - há 9 anos
Respeite o meu medo, garoto u_u ainda vou descobrir do que você tem medo e vou te atacar! KKKKKKKKKKKKKKKKKK
Responder
Bonnar - há 9 anos
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