Olá amores, estou de volta com mais um capitulo cheio de suspense da história A Caçadora de Símbolos, apenas para lembrar aos esqueçidos que quando tiver o nome de um personagem seguido de P.O.V significa que é ele ou ela que está narrando. Boa leitura e espero que gostem 

Capítulo 2 

Jenny P.O.V ON 

O fogo surgiu do nada. Tudo ao meu redor estava ardendo em chamas, do quarto em que eu estava dava para ouvir gritos desesperados de outras pessoas que também estavam na casa. Levantei da cama para tentar escapar mas boa parte do quarto já tinha sido consumido pelo fogo, eu estava sem saída, podia sentir o chão ficar mais frágil, pedaços do teto desabavam a cada minuto, minha única chance de sair era pela janela que estava aberta, pulei para uma parte do quarto que ainda não havia pegado fogo, eu estava fraca, mal conseguia me equilibrar, subi na janela e fiquei segurando em suas laterais, olhei para baixo e avistei um garoto com um capuz preto cobrindo seu rosto por completo.  

 - Me ajuda, por favor -Falei em meio a tosses tentando chamar sua atenção- 

- Sinto muito não posso te ajudar, é contra as regras...  

- Por favor -Falei me esforçando para manter meus olhos abertos- 

- Pula que eu te pego -Ele falou se posicionando-  

Nesse exato momento meus olhos se fecharam é meu corpo ficou leve, a única coisa que eu vi antes de apagar totalmente foram os olhos verdes do menino de capuz.  

 Acordei assustada e suando frio. Olhei para o relógio e eram cinco e quarenta, com as mãos trêmulas procurei meu celular por cima das cobertas, assim que encontrei digitei rapidamente o número de Julian e esperei até que ele atendesse.  

- Jen? O que houve? -Ele falou sonolento- 

- Jules eu não sei o que tá acontecendo comigo, continuo tendo o mesmo pesadelo...  

- Eu sei... -Ele falou com tristeza na voz-  

- Como assim você sabe?  

- Sei por que você está tendo esses sonhos.  

- Me diz por favor...  

- Não quero falar pelo telefone, me encontre na cafeteria da esquina da sua casa as seis e meia, de lá vamos direto para a escola.  

- Tá bom, te encontro lá -Falei desligando a ligação-  

Fui ao banheiro e tomei um banho gelado, vesti uma blusa de manga comprida azul e uma calça jeans. Desci as escadas e fui até a cozinha, tomei um gole de suco e sai de casa andando em direção a cafeteria.  

Cheguei antes de Julian, sentei em uma mesa perto da janela e esperei. Cinco minutos depois ele entrou, acenei para ele e o mesmo veio em minha direção sentando-se em uma cadeira.  

- Então o que você tem para me falar? -Perguntei indo direto ao ponto-  

- Quando você era mais nova houve um incêndio na casa de um amigo de infância seu...  

- Que amigo? Não me lembro de ter nenhum amigo de infância além de você -Falei confusa-  

- O nome dele era Steve Carson, ele morreu na noite do incêndio -Ele falou com uma expressão incomodada-  

- Isso explica o nome que estava na placa, mas você ainda não me falou como eu sai de lá.  

- Quando o corpo de bombeiros chegou, viram que você estava na janela do terceiro andar mas não deu tempo deles entrarem para te pegar -Ele deu uma pausa- Você caiu de lá.  

- Não! Isso não está certo! no meu sonho tinha alguém lá em baixo, um garoto com capuz preto, ele me salvou, tudo que eu consigo lembrar é que ele tinha olhos verdes como os seus.  

- Eu não estava lá, Steve Carson e eu não nos dávamos bem -Ele falou e eu pude perceber a raiva em suas palavras-  

- Nada do que você está falando faz sentido para mim, por que eu não me lembro de disso?  

- Depois que você caiu da janela do terceiro andar você ficou desacordada, todos acharam que você tinha morrido porque ficou três dias assim, sem se mexer ou fazer qualquer movimento...  

- Por que você nunca me contou isso?  

- Seus pais -Ele deu outra pausa que me fez ficar um pouco desconfiada- Quando você acordou não estava se lembrando do que aconteceu, eles acharam que era melhor se você não soubesse.  

- Tem certeza que não tem mais nada?  

- Tenho -Ele falou com firmeza na voz, porém seu rosto não estava tão certo disso-  

- Tá, vou confiar em você.   

- Ótimo -Ele falou sorrindo-  

- O que vai fazer hoje à noite? -Perguntei-  

- Tenho umas coisas para fazer...  

- Você com planos para uma sexta à noite? Isso envolve alguma namoradinha nova Jules? -Perguntei passando a mão em seu cabelo e bagunçando-  

- Eu já te disse que eu não namoro as garotas dessa cidade, elas não fazem meu tipo. Tenho que visitar um amigo em outra cidade e vou passar o fim de semana fora.  

- Sério? Que chato -Falei fingindo tédio-  

- Sei que vai sentir minha falta -Ele falou convencido-  

- Não vou não.  

- Sem mim você vai ficar solitária -Ele falou fazendo careta-  

- Eu tenho outros amigos além de você, tá?  

- Ok senhorita cheia de amigos, temos que ir para escola -Ele falou se levantando da cadeira-  

- Vamos -Falei levantando logo em seguida -  

Saímos da cafeteria e fomos caminhando até a escola. Ficamos surpresos quando encontramos todos os alunos no pátio externo junto com algumas viaturas policiais.  

- O que será que acontecei aqui? -Perguntei-  

- Coisa boa é que não foi -Julian respondeu-  

- Vamos perguntar a Hanna, ela está ali bem perto da entrada, provavelmente deve saber o que está acontecendo! 

 Fomos rapidamente até ela e lá estavam também Lisel e Kelly.  

- O que houve aqui? -Perguntei- 

- Graças a Deus vocês estão bem! -Hanna falou me abraçando-  

- Por que não estaríamos? -Julian perguntou preocupado-  

- Ontem à noite a escola foi invadida e dois corpos foram encontrados hoje pela manhã, um menino e uma menina -Hanna explicou- 

- Como vocês não apareceram chamaram a polícia, pensando que poderiam ser vocês lá dentro -Lisel falou-  

- Mas como esses corpos podem ser de alunos da escola se ela não fica aberta à noite? -Julian perguntou- 

- Esses dias a escola estava ficando aberta até mais tarde por conta das olimpíadas de matemática -Kelly falou-  

- Eles já sabem quem invadiu? -Perguntei-  

- Está mais para o que invadiu -Hanna falou apontando para grandes arranhões na porta da frente-  

- Faz sentido, pelo que falaram os alunos não pareciam terem sido mortos por uma pessoa e sim por um animal...   

Julian ficou calado, parecia que estava totalmente perdido em seus pensamentos.  

- Você está bem? -Perguntei dando um toque de leve em seu ombro-  

- Estou, mas agora eu preciso ir -Ele falou e foi se afastando rapidamente, fui atrás dele e o segurei pelo braço-  

- Onde você está indo? 

- Tenho que resolver uma coisa importante.  

- Não vai me dizer o que é?  

- Agora eu não posso, se cuida tá? -Ele falou dando um beijo em minha testa e saiu as presas- 

Assim que Julian desapareceu do meu campo de visão o diretor anunciou a suspensão das atividades letivas do dia. Aproveitei que Kelly estava de carro e peguei uma carona até a biblioteca mais antiga da cidade. Quando chegamos comecei a procurar por arquivos de sete anos atrás, lembrei que o tipo de arquivo que eu estava procurando se encontrava na sessão de acidentes com vítimas que marcaram a cidade. Vasculhei cada pasta que encontrei e nenhuma delas tinha informações sobre o incêndio que Julian havia me contado, passei o resto do meu dia procurando, para o meu azar continuei sem encontrar nada, já estava escurecendo quando decidi voltar para casa e chegando no jardim da frente vi que tinha a sombra de uma pessoa refletida na minha janela. Entrei em casa e subi as escadas com pressa, empurrei a porta do meu quarto devagar, levei um susto quando eu vi que tinha um garoto parado ao lado da minha cama. 

- Olá Jenny, estava te esperando -Ele falou com uma voz rouca e sombria-  

- Quem é você? -Perguntei dando alguns passos para trás-  

- Meu nome é Steve Carson 

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 O autor(a) da resposta mais criativa ganhará o emblema da coluna + 15 nightpoints, caso o ganhador da semana passada retorne a ganhar, estará faturando apenas os NP's

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